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Black Francis – Lolita

No início dos anos 00, Frank Black recrutou renomados músicos de estúdio dos anos 60 para suas gravações solo, formando um dream team de sexagenários que já haviam trabalhado com Solomon Burke, Wilson Pickett, Marvin Gaye, Otis Redding, Harry Nilsson e outros campeões da Billboard. Mas foi em 2007, quando voltou a assinar Black Francis e dispensou a banda dos sonhos, que Charles Thompson finalmente cunhou um hit digno de ser confundido com um standard do pop americano. Lolita é a prova de que um milagre pode ser alcançado pelo método de tentativa e erro.

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PENS – Love Rules

O trio londrino PENS nasceu em 2008 e causou uma pequena comoção entre os fãs de Times New Viking e Vivian Girls. Após revigorar a cena noise pop com o debute Hey Friend, What You Doing?, elas lançaram esse 7″ com duas faixas mais intimistas e fecharam a firma. Preenchendo os sulcos do lado B, Love Rules é sustentada por uma linha de baixo que deveria arrecadar royalties aos Pixies. Guitarra e bateria esbanjam fragilidade, e os vocais devem ser similares aos que a Kim Deal esboçava aos oito anos de idade. Tão genial quanto a foto da capa.

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Kelley Deal 600 – Canyon

Kelley Deal foi recusada para a bateria do Pixies e precisou insistir para assumir a segunda guitarra do Breeders, banda em que é coautora de apenas duas músicas. Em 95, quando estava numa clínica de reabilitação, Kelley aproveitou para compor sozinha e rascunhar o que seria seu primeiro disco solo. Terminado o tratamento, ela chamou os amigos do Grifters para gravar Go To The Sugar Altar, que saiu por seu próprio selo. Ao ouvir Canyon, é provável que você fique confuso e comece a cantarolar I Bleed misturada com Wave of Mutilation [UK Surf].

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Superette – Touch me

A Nova Zelândia é reconhecida por ter antecipado a sonoridade dos anos dourados do indie americano. Jeff Mangum, Stephen Malkmus e Robert Pollard sempre fizeram questão de declarar sua admiração pelo kiwi rock oitentista. Na contramão desse enigmático pioneirismo, mas mantendo o padrão Flying Nun de qualidade, o trio neozelandês Superette apareceu com uma sonoridade grunge pasteurizada na metade dos anos 90. Tiger, único álbum da banda, é repleto de faixas que superam o McLusky na tentativa de soar mais Pixies do que o próprio Pixies.

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Fanzine – Running Around

Antes mesmo do Yuck lançar seu álbum de estreia, o Fanzine já era apontado como o novo Yuck. Max Bloom deu um help na produção e Jonny Rogoff tocou bateria no EP Low, que é recomendado para fãs de Dinosaur Jr, Teenaga Fanclub, Built to Spill, Blur e Pixies. Em 2013, com a saída de Daniel Blumberg, o guitarrista Ed Hayes deixou o Fanzine para se juntar aos amigos Bloom e Jonny no Yuck, que segue sem lançar nada muito convincente.

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The Martinis – You are the one

Em 2004, no auge do burburinho sobre a volta dos Pixies, Joey Santiago e sua esposa Linda Mallari finalmente pariram o primeiro álbum do Martinis, após nove anos de gestação. A tendência é que você prefira o ignorado Smitten ao tão falado Indie Cindy, pois o casal produziu um disco pop que supera as expectativas enquanto os Pixies decepcionaram ao não acrescentar nenhum hit ao seu repertório. You are the one é um dos momentos mais potentes de Smitten, que terá outras faixas postadas por aqui quando estivermos sem assunto.

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The Babies – Wild 2

O Babies surgiu num apartamento do Brooklyn habitado por Cassie Ramone (Vivian Gils) e Kevin Morby (Woods). Esse debute homônimo talvez seja o registro mais pop em que ambos já estiveram envolvidos, e, sem dúvida, é o disco mais radiofônico lançado pela Shrimper – casa de artistas como Dump, Mountain Goats e Sentridoh. Mimetizando a dinâmica loud-quiet-loud típica dos Pixies, Wild 2 intercala suspiros que remetem aos de Kim Deal em Where is my mind? com explosões de euforia à la Black Francis.

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Nota de Esclarecimento

Muitos internautas têm enviando mensagens perguntando porque insistimos em escrever “o midsummer madness” ao invés de “a Midsummer Madness”. Na próxima semana, vamos fazer um post bem didático para vocês.

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The Muffs – Pacer

Kim Shattuck entrou pros Pixies em 2013 e foi demitida precocemente após protagonizar um stage dive. Integrante do Pandoras e do White Flag nos anos 80, ela fundou o Muffs em 1991 e desde então insiste numa sonoridade pop-punk que muitas vezes remete ao aspecto mais pejorativo que esse rótulo sugere – pense nas cópias das cópias do Green Day. Recentemente, o power trio entrou para a Burger Records, onde é apenas mais uma entre as dezenas de bandas bubblegum medianas que integram o baixo clero do selo californiano. Essa versão de Pacer é bem inferior à original, mas não o suficiente para demonstrar o abismo que separa Kim Shattuck e Kim Deal.

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Big Troubles – Misery

Esse quarteto noise pop fez barulho em 2010 com Worry, disco de estreia bem definido pela loja Rough Trade: “My Bloody Valentine com restrições orçamentárias, mas alguns idiotas deixaram as batidas eletrônicas do Big Black ao fundo”. Romantic Comedy, segundo e último disco da banda de New Jersey, tem uma estética mais genérica e melodias menos inspiradas. Misery, o hit do disco, soa como Billy Corgan cantando Debaser –  um improvável encontro dos dois maiores egos do rock alternativo americano.

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Coloração Desbotada: Extenso Ambiente

Esse é o primeiro registro solo de Lê Almeida, um dos fundadores da Transfusão Noise Records – selo DIY nascido na baixada fluminense em 2004. Além de ser o título inaugural do catálogo da Transfusão, o EP também marca o início da Pug Records, que prensou uma versão estendida em cassete, em 2010. Sem contrabaixo, Lê sobrepõe camadas de guitarras e não economiza nas microfonias, tornando quase impossível que o ouvinte decifre seus vocais sussurrados. Beijos Cafeinados até flerta com o shoegaze, mas Extenso Ambiente tende para o indie americano, remetendo ao Built to Spill e às melodias arrastadas de Doolittle e Surfer Rosa. Uma canção que nunca sairá do top 10 de músicas gravadas pelo Leandro da Silva Almeida.