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Jesus and Mary Chain – Boyfriend’s Dead

Influenciado pelo Birthday Party, o b-side Boyfriend’s Dead dialoga com a sonoridade de Geek!, EP de estreia lançado pelo My Bloody Valentine no mesmo ano, revelando uma conexão entre a primeira geração shoegaze com a vertente gótica do post-punk e com o psychobilly de Cramps e Gun Club.  Ao contrário de Kelvin Shields, que renega as primeiras gravações de sua banda, os irmãos Reid têm disponibilizado faixas dessa fase em formato digital – Boyfriend’s Dead, Just Out Of Reach e outras igualmente caóticas foram incluídas no box The Power of Negative Thinking (2008) e em uma edição expandida de Psychocandy (2011).

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The Jesus and Mary Chain – Cookies

Em 2007, os irmãos Reid voltaram aos palcos e anunciaram que um novo disco estava a caminho. Como era de se esperar, a notícia causou frisson nos indies calvos e barrigudos que fazem do shoegaze o subgênero mais revivalista do rock alternativo. Nessa época, William Reid postou demos inéditas para streaming no Myspace e deletou-as meses depois, sem que os fãs percebessem a movimentação. Quando ninguém mais tinha esperança de ouvir essas gravações, um pendrive Kingston foi encontrado num quarto do hotel onde a banda se hospedou durante sua passagem pelo Rio de Janeiro, em 2013. Após intensa negociação, o DATABASE adquiriu esses arquivos e começou a vazá-los no Youtube. Palavra da salvação: Glória a Vós, Senhor.

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Meat Whiplash ‎– Don’t slip up

Esse single soa tão Psychocandy que poderia ser incluído como faixa bônus numa próxima reedição do disco. Na genealogia do shoegaze, o Meat Whiplash é o irmão mais novo do Jesus and Mary Chain. Nascidas em East Kilbride, ambas excursionaram juntas em 1985, ano em que os irmãos Reid produziram esse compacto que traz na capa uma arte de Bobby Gillespie. Em 1987, com a entrada da vocalista Alex Taylor (ex-Shop Assistants), a banda mudou de nome para Motorcycle Boy e lançou dois discos. Por 30 anos, Don’t Slip Up e o lado B Here it Comes foram os únicos registros de estúdio do Meat Whiplash, até que em 2015 a Creation desenterrou três gravações inéditas para o box Artifact: The Dawn of Creation Records.

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The Jesus and Mary Chain – Drop

Drop é uma balada acústica que destoa desse que é o álbum mais eletrônico do Jesus and Mary Chain. Cantada por William Reid, a faixa é um alento no tracklist pouco versátil de Automatic e antecipa o clima de ressaca de Stoned And Dethroned – disco lançado em 95 e que teve como hit uma balada cantada por Hope Sandoval. O mundo deu voltas e, em 2001, Sandoval regravou Drop para seu primeiro disco solo, mas recomendamos que você não gaste os pulsos de sua internet para ouvir essa versão.

 

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The Jesus and Mary Chain- Up Too High

Numa entrevista para a TV, Jim Reid respondeu que odiava Joy Division – apenas para provocar um cinegrafista que fazia o tipinho viúva do Ian Curtis. Isso foi em 1986 e tem gente que ainda leva essa piada a sério, apesar de certas canções e de outras entrevistas dos irmãos Reid evidenciarem sua admiração por New Order e Joy Division. Um exemplo é a primeira demo do J&MC, gravada em 1983 por Willian num portastudio e descartada no processo de forjar uma sonoridade própria. Em 2008, Up too high foi lançada oficialmente, abrindo o box The Power of Negative Thinking, e desde então tem sido ocasionalmente tocada nos shows.

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