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Baco Doente DATABASE

ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO EM 27/04/2020

FOTO DO PRIMEIRO ENSAIO EM 2018. CRÉDITO: JULIA GAIONE

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BACO DOENTE nasceu do encontro de Walner Del’Duca e Fred Arruda, que tocam guitarra e revezam nos vocais. A próxima etapa foi convencer Victor Fonseca, o baterista mais disputado de Juiz de Fora, a participar do projeto. Com três guitarras na formação, o primeiro show rolou em março de 2019 – quinze minutos caóticos que renderam comparações com DIIV, Nirvana e Stooges. Em maio, começaram as gravações do que seria o EP de estreia e acabou virando disco. Encerrando o rodízio de baixistas, o produtor André Medeiros, referência na cena local por ter encabeçado um furacão noise pop chamado Top Surprise, tocou durante as sessões que rolaram em seu quarto, sendo substituído por Stéphanie Fernandes a partir do segundo show.

A sonoridade da Baco Doente é mais sombria e dissonante em relação à Top Surprise – que talvez tenha sido o único representante brasileiro da onda shitgaze. As letras falam sobre imortalidade da alma, paranoias urbanas, bad vibes, ocultismo e, justificando o nome inspirado na mitologia grega, hedonismo e excessos. Eles citam a influência de Melvins, Sonic Youth, Swans e desdobramentos do Birthday Party, tendendo mais para a carreira solo do guitarrista Rowland S. Howard do que para os projetos do Nick Cave. Já as semelhanças com Mclusky e o subestimado Ultrasom, do Adriano Cintra, são meras coincidências que passariam batidas por todos os blogs caso o database não tivesse tocado no assunto.

O disco Baco Doente é basicamente composto por duas guitarras numa afinação supostamente inventada pela banda, muitos pedais, alternância entre vocais soturnos e gritos dementes, microfonias apitando por todos os lados, baixo e bateria consistentes para dar sustentação ao caos. Diversificando o que poderia ser preguiçosamente rotulado como grunge, aparecem viagens de saxofone, a balada Pain com ares de Tom Waits e Flaming Lips, a declamação de um poema e o encerramento Angels, cuja bateria eletrônica barata pode enganar os fãs Blank Dogs e Drab Majesty

Walner é o que assina mais faixas no disco. Victor é vocalista e guitarrista da Basement Tracks e, assim como Walner, passou pela bateria da Top Surprise. Stéphanie tem tocado com Alles Club, Cinammon Tapes e Papisa. Fred é o único que ainda não chegou à casa dos 30. Além da produção, André Medeiros cuidou da mixagem e masterização.

O single Sick Baco foi lançado outubro de 2019,  sucedido pelo álbum Baco Doente em novembro, Como era de se esperar, a Baco Doente faz parte do cast da Pug Records, de Juiz de Fora, que completa dez anos em 2020.


Texto por Eduardo Bento. O autor é o único responsável pelo conteúdo. Qualquer reprodução/adaptação deve citar o DATABASE.FM como fonte. Assim como a maioria das páginas do site, esta biografia está sempre em construção. Primeira postagem em 14 de outubro de 2019.