Última atualização: 22 de de dezembro de 2020
Spotify | iTunes | Deezer | Google Play | Soundcloud | Bandcamp
UPDATE! Em 22/12/20, a Pug Recs surpreendeu o mundo com o lançamento surpresa de um novo álbum do alvim. Trecho de um apostagem em rede social: “Este é o lançamento de despedida da Pug Recs! Basicamente, um disco perdido, engavetado há 7 anos. Numa época muito tumultuada, FILIPE ALVIM começou a gravar o álbum BEIJOS aqui em Juiz de Fora, mas abortou a missão e recomeçou no Rio de Janeiro dois anos depois. 2013 NÃO FOI UM ANO RUIM traz faixas inéditas e versões irreconhecíveis, é bem mais lo-fi e vai agradar aos fãs de Ariel Pink e Mac DeMarco. Produção e mixagem de Corelio Rosa, com retoques recentes de Everton Surerus e master do André Medeiros. Foto da capa por Amanda Dias.”
Recomendado para fãs de Little Joy, Pepeu Gomes, Bob Esponja, Mac DeMarco, Séculos Apaixonados, Playstation, Magic Potion, banho de mangueira, Devendra Banhart, Bob Marley, Homeshake, Lulu Santos, Unknow Mortal Orchestra, tecladinho do The Doors, Cazuza, The Cars, Prince e Connan Mockasin.
Biografia
2010 – 2013
Filipe Alvim é um desempregado que não saber fazer nada, exceto criar hits ensolarados sobre seus conflitos juvenis. Embaladas por arranjos tropicais e camadas de distorção, as melodias de Filipe são um suco incrivelmente refrescante, apesar de extraído de frutas que você já conhece, incluindo algumas de sabor amargo. Ele abdica de rimas mas faz questão de esbarrar em clichês e, quando a fórmula ameaça desandar, encerra as canções em tempo recorde. Sem tempo hábil para assumir se gosta ou não de algo tão pop, resta ao ouvinte a certeza de que precisa ouvi-las mais uma vez.
Em 2010, frustrado por não conseguir montar bandas em Juiz de Fora, Filipe Alvim foi passar uma temporada no Rio de Janeiro decidido a fazer sucesso em carreira solo. Acompanhado de novos amigos e sob os cuidados do produtor Braulio Almeida, ele gravou Jardim do Amor, cujos versos poderiam ter sido escritos por Jorge Ben ou por um garoto durante o intervalo da escola. Nascia um hit, provando que aquele moleque de 19 anos servia para alguma coisa. Aos 22, ele retornou a Juiz de Fora, onde conheceu os conterrâneos da Pug Records, que lançaram o EP Zero em setembro de 2013. Além de Jardim do Amor, o tracklist trazia mais quatro canções, com destaque para Domingo, que ainda vai curar muitas ressacas com seu refrão guiado por guitarras que evocam os anos 90.
2014 – 2016
Ainda em 2013, Alvim gravou um disco na pacata Juiz de Fora, mas abortou o projeto quando percebeu que não conseguiria manter a estética radiofônica do EP. Após acumular problemas ao longo dos últimos três anos, ele desceu a serra para novamente gravar um single que representa o início de um ciclo – o recomeço da produção de seu primeiro álbum, intitulado Beijos. Voltou endividado para Minas Gerais, mas com um hit armazenado em seu pen drive Kingston. O single Vida Sem Sentido foi lançado em maio de 2016 no formato sete polegadas, com cópias super limitadas devidamente beijadas e autografadas, dando início a uma temporada de shows gratuitos pelos bares do São Mateus, coração de Juiz de Fora.
Zero alternava doses de melancolia com injeções de ânimo, já Vida Sem Sentido condensa esses extremos em uma dicotomia constante do primeiro ao último acorde embebido em efeito chorus. Há um clima de baile ao mesmo tempo em que serve como trilha para tragos solitários. Com versos vagos sobre a inércia que paira sob o cotidiano, é o tipo de letra que qualquer ouvinte logo se identifica, criando significados particulares ao se colocar como personagem daquela situação. Amargurada demais para dançar, pop demais para cruzar os braços, Vida Sem Sentido é uma abertura promissora, embora esteja longe de ser o momento mais aprazível de Beijos, que, como bem premeditado pelo site o Inimigo, “vem cheio de hits em potencial para fazer dançar e pensar na vida, com aquelas guitarrinhas manhosas que o povo conhece e gosta”.
Então, vamos dar nomes aos hits, começando por Miragem, que poderia ser trilha de abertura de uma novela das sete com cena à beira mar – uma justificativa para a capa nos moldes de coletâneas da Som Livre. A maresia continua presente em outras quatro faixas que também apresentam as costumeiras melodias ensolaradas e letras que sugerem estar à deriva. Alvim canta sobre um presente incerto, desdenha as turbulências e se mostra conformado em não poder abandonar o barco. Cama Redonda, Super Suco, Jaula e O Erro esbanjam vitalidade nas guitarras em contraste com uma voz grogue que lhe rendeu o título de Crooner da Lombra, em mais uma definição certeira d’O Inimigo.
Deixando a vibe sailor de lado, Poderosa é o clímax de adrenalina do disco. Com uma batida que faria sucesso no começo dos anos 00, quando o rock voltou às pistas, a canção de apenas um minuto é um “exercício criativo que passeia pela confissão romântica, detalha instantes de submissão e, lentamente, encontra na fuga do eu lírico um desfecho para o pequeno ato musicado de Alvim”, como bem definiu o Miojo Indie. A principal candidata a hit é a mais curta entre as oito faixas do disco. E é justamente aqui, onde mais pesa a mão do produtor Braulio Almeida, que fica claro o quanto Beijos é uma obra visceral. Mais do que pretensões radiofônicas, o que norteia a construção das músicas é o desejo de que elas reflitam os pensamentos do autor.
A homogeneidade do tracklist vem de um diálogo aparentemente contraditório entre forma e conteúdo que constitui a dinâmica de Beijos. As melodias são revigorantes enquanto os versos não escodem certo abatimento e frustração. Mas a forma também tem suas próprias controvérsias, uma vez que o instrumental mantem-se pungente enquanto a voz ameaça sucumbir a qualquer momento. A escolha do nome não é uma referência glam, romântica, muito menos a um desejo carnal. Ao invés das sensações de conquista e satisfação relacionadas ao beijo, o título se refere a sentimentos que precedem e, principalmente, procedem esse instante. De um lado, há a ansiedade inerente a quem está cheio de expectativas, e, de outro, a melancolia de uma despedida e a esperança com o início de uma nova fase, de modo que o conteúdo também é dúbio.
Encarrando o disco, a introspectiva Botanagua é uma composição mais recentes e destoa das demais, que, em sua maioria, foram criadas em 2013 e sofreram alterações até serem registradas em 2016. Dedilhados esparsos e vocais anêmicos quase se perdem em meio a uma insistente camada de ruídos. Pela primeira vez, temática, voz e arranjos parecem estar em sintonia, mas não se engane, pois, em meio a um cenário desolador, há otimismo, afinal “mesmo tão distante, é a hora da virada”. Assim como a faixa de abertura, Botanagua é pontuada por pausas e ausências vocais, como se Filipe Alvim estivesse se perguntando se realmente deveria continuar cantando.
2018
Se o mundo fosse um lugar justo, Filipe Alvim seria considerado o Michael Sullivan que deu errado. No início de 2017, o maior hit-maker de Minas Gerais mudou-se para São Paulo na esperança de conseguir mais visibilidade para sua carreira solo, mas não se adaptou e retornou para Juiz de Fora dois meses depois. Enquanto esteve na capital paulista, ele compôs a maioria das faixas de TUDO PODE ACONTECER e enviou esboços de voz e guitarra para Gabriel Guerrinha, que, mais do que produzir o álbum, cuidou dos arranjos e tocou todos os instrumentos. Alvim foi orientando tudo por whatsapp, pedindo alguns efeitos aqui, outros acolá, e, no início de 2018, foi para o Rio de Janeiro gravar os vocais. O disco conta com a participação/colaboração de Dinho (Boogarins), Samira Winter e Laura Lavieria. Recomendado para fãs de Séculos Apaixonados, The Cars, Tom Verlaine, Strokes, Polegares, espaçonave da Xuxa e Homeshake.
2019
Em 2018, Filipe Alvim se propôs a montar uma nova banda e gravar um disco em apenas 30 dias. Residindo no Canil, espaço de shows e gravações em Juiz de Fora, ele formou a Grogues com outros quatro moradores da casa: Everton Surerus, Vini Fonseca, Márcio Reis e o paulista Leo Fazio, que passou uma longa temporada em Minas produzindo seu primeiro álbum solo. Missão cumprida: ao longo de um mês, a boyband gravou PASSAR MAL, cujo título faz referência aos efeitos colaterais decorrentes do consumo excessivo de drogas e lanches em geral.
As faixas VVander, Quero, Amyr Klink e Cêdiz rementem a Television, Rita Lee & Tutti Frutti, Matty e à carreira solo de Alvim, necessariamente nesta ordem. A principal candidata a hit é Milkshake, um pagode old school que evidencia a despretensão e o entrosamento da autointitulada “banda mais cheirosa de Minas Gerais”. PASSAR MAL foi lançado pela Pug Records em parceria com a portuguesa Hatsize Records.
Algumas informações relacionadas ao EP Zero e ao compacto Vida Sem Sentido foram retiradas da biografia acima para que o texto não ficasse muito extenso. Esses dados estão devidamente armazenados em www.database.fm/pdf.
Hiperlinks
facebook.com/pugrecords: acompanhe os lançamentos da Pug Records.
facebook.com/filipeaalvimband: faça parte do fã-clube que mais cresce no Brasil. Inscrição gratuita.
facebook.com/database.fm: fanpage com apenas 300 seguidores. Curta antes dos seus amigos!
soundcloud.com/pugrecords: siga a Pug Recs no soundcloud e diga adeus ao Spotify.
pugrecords.bandcamp.com: baixe todo o catálogo da Pug Recs gratuitamente para escutar no Winamp.
twitter.com/filipeaovinho: insights de um hit-maker
instagram.com/database_fm: siga o fotolog da rádio mais proselitista da web.
instagram.com/filipeaovinho: acompanhe o cotidiano do multi-instrumentista Filipe Alvim.
instagram.com/pugrecords: confira fotos da rotina da gravadora sedeada no bairro São Mateus.
Clipping (2016)
MIOJO INDIE: “Romântico, cafona, sensível. (…) Dividido entre músicas rápidas e versos arrastados, sempre dolorosos, Alvim joga com os sentimentos – dele e do próprio ouvinte. São versos curtos, sequências de duas ou três palavras, como se o cantor brincasse com o significado oculto em cada uma das canções. Declarações de amor, medos e delírios que se entrelaçam em meio ao movimento rápido das guitarras, tão íntimas do pop rock dos anos 1980, quanto de novatos como Connan Mockasin e Séculos Apaixonados.”
VICE/NOISEY: “Filipe Alvim quer quebrar a monotonia de Juiz de Fora com Beijos. (…) E foi esta monotonia que acabou virando inspiração e deu todo o combustível que Filipe precisa para as oito faixas que compõem o disco, cujas letras sarcásticas e meio bodeadas ironicamente contrastam com melodias dançantes, temperadas com distorções levemente desafinadas.”
MIOJO INDIE: “A faixa (Vida sem Sentido) de temática existencialista se divide entre o brega dos cantores brasileiros que apareceram na década e o mesmo universo de artistas canadenses como TOPS, Sean Nicholas Savage e, principalmente, Mac DeMarco. (…) De um lado, uma interpretação lenta e melancólica do som produzido pelo músico, no outro, um toque leve, descompromissado, como se Alvim brincasse com as próprias dúvidas e sofrimento.”
O INIMIGO: “Entre um bitoca e outra, o CROONER DE LOMBRA Filipe Alvim passou aqui na redação pra deixar um som novo (…) Lançado com amor, muito carinho pela Pug Records virtualmente e em vinil 7″ numa tiragem limitadíssima de 15 cópias autografadas e beijadas (!) pelo autor, Vida Sem Sentido vem com duas versões da faixa-título: a “oficial”, que deve entrar em Beijos, primeiro full album de Alvim, previsto para o segundo semestre; e uma versão demo, gravada em Juiz de Fora, em 2013.”
MIOJO INDIE: “Filipe Alvim parece jogar com os próprios sentimentos. A cada nova composição que antecipa o aguardado Beijos, versos e melodias flutuam entre temas existencialistas, tormentos e confissões românticas. Conceito reforçado durante o lançamento de Vida Sem Sentido e Poderosa, porém, encarado com leveza e certa dose de libertação em Miragem.”
NOOGA.COM: “Filipe Alvim creates psych-inspired soundscapes that are filled with warm melodies and ragged guitar riffs. On his new single, Vida Sem Sentido, Alvim mixes a fuzzy garage rock sound with wobbly guitars and melodies that seem to crawl along the floor of the song.”
VICE/NOISEY: “Mineiro de Juiz de Fora, Filipe Alvim é um jovem pai, canhoto e músico autodidata com uma certa predileção por clichês. Ele está lançando nesta terça (24), pela Pug Records, o sete polegadas do seu single Vida Sem Sentido, em uma exclusiva versão autografada e beijada (…) Fã de música radiofônica, Dorgas e Séculos Apaixonados, o mineiro tem um gosto musical bem peculiar…”
NEW YEAH MUSIC: “Zero, seu primeiro EP, lançado em 2013, trazia baladas mais contentes, daquelas de deixar um sorriso no canto do rosto mesmo quando o assunto não é dos mais agradáveis. Um punhado de situações do cotidiano peneiradas por um filtro de baixa fidelidade e aditivadas com riffs chicletes (…) Em Vida Sem Sentido, Felipe faz um exercício de introspecção ainda maior, retratando a relação que ele tem com a sua filha de três anos chamada Cecília. É uma obra autobiográfica, mas que acaba servindo como espelho para quem ouve, já que traz angústias e pensamentos que já passaram pela cabeça de muitos de nós”.
Clipping (2013 – 2015)
O INIMIGO: “Filipe Alvim pode ser a próxima-grande-coisa-a-sair das entranhas de uma cidade interiorana para o inesperado hype virtual. Zero, o disquinho despretensioso que Alvim lançou via Pug Records, é um injeção de ânimo contra a monotonia e o saco cheio. Com pelo menos um hit em potencial (a grudenta Domingo) e nacos de poesia cotidiana e sincera em Jardim do Amor e Meu Sofá, o EP costura de forma certeira influências noventistas com um sotaque pop, brasileiro e urbano, passando longe de qualquer regionalismo forçado.”
BEATS PER MINUTE: “A collection of reverb and acid-pop drenched songs (…) exploring various aspects of teenage angst through churning ballads and jangly pop rhythms – drawing apt comparisons to artists such as Jackson Scott and Mac DeMarco. Turning strands of melodic indie rock and gently persuasive harmonies inside out, Alvim creates songs that harken back to the psych indebted pop music of the 60′s while keeping one foot clearly on this side of the timeline. His lyrics, while strictly sung in Portuguese, are nonetheless evocative and create a roiling accompaniment for his stripped down instrumentation.”
SONIC MASALA: “And to keep the international vibe going, let’s finish in Brazil with Filipe Alvim, a young dude who found himself unemployed and not much else to do but to create starbursts of sunny guitar pop that masked the uncertainty of his future – and Zero is the result, an EP that revels in intricacy masked by simplicity, eloquence wrapped up in loquaciousness, and fears of malaise within a Trojan horse of beach-battered laconics. That was all one sentence, so Ill stop there. It’s great though, it’s out on Pug Records (…)”
LISTEN WITH MONGER: “Filipe Alvim is a Brazilian living in Brazil and creating music for the youth of Brazil, not for tourists. This EP is a fantastic example of what can be found on the world music scene if you’re prepared to forgo the fact that you might not understand any of the lyrics. Domingo opens proceedings and instantly all you can imagine is the Strokes jamming lazily by a beach hut. Jardim do Amor is a Doors-esque, organ smothered tune with sunshine dripping from every pore and a sense of French pop romance. (…) Anyone channelling the Strokes, the Beach Boys and, well, the sun, can be a bad person. So, let’s all fall in love with Filipe Alvim and let him bring a little sunshine in to our lives.”
IN YOUR SPEAKERS: “Filipe Alvim’s new song “Domingo” can be enjoyed by anyone, regardless of the fact that it’s sung entirely in Portuguese. Filled with catchy guitar riffs and warm melodies, Zero is a must-have for anyone with an optimistic outlook on life.”
LOWZINE: “No EP de pouco mais de 10 minutos, Filipe Alvim vai do jangle pop ao samba-rock de um Jorge Ben, sem perder a característica lo-fi/noise pop dos lançamentos da Pug Records. Um detalhe, todas as letras português. Recomendadíssimo.”
Texto por Eduardo Bento. Todos os direitos reservados. Qualquer reprodução deve mencionar o DATABASE como fonte. Esta não uma página oficial do artista, de modo que o autor é o único responsável pelo conteúdo.